2 min de leitura
30 Mar
30Mar

Por: RAISSA DA SILVA CASTILHO 

Os aviões possuem a vantagem de se deslocarem pelo ar, o que evita trânsito, pedágio, dentre outros. 

Porém, isso não isenta que o avião tenha que seguir uma rota pré-programada, pois isso ajuda a evitar colisões, otimizar o tempo e economizar combustível. 

Isso é feito através de “correntes de jato” que são massas de ar em movimento que se distribuem no globo de forma bastante particular, sendo fruto de diferenças de temperatura entre os pólos e a região do Equador.

Assim, por conta dos “atalhos” supracitados que podem ser utilizados, é que se explica porque ir de Nova York para Los Angeles de avião demora uma hora a mais do que o contrário, mas ir de Tóquio a Los Angeles pode ser 30% mais rápido graças a corrente de jato do Pacífico. 

Logo, a escolha de qual atalho utilizar implica em uma viagem mais atribulada, o que está cada vez mais claro com o aumento das temperaturas no planeta.

É certo que, quanto maior a temperatura, mais agitadas as correntes de jato serão. Inclusive, essa foi a conclusão dos estudos na Universidade de Reading na Inglaterra. Esse estudo concluiu que nos últimos 40 (quarenta) anos, os aviões ficaram 15% mais suscetíveis ao cortante do vento. 

Por conseguinte, o “cortante do vento” é a principal causa de turbulências em aviões, ocorrendo geralmente quando os ventos mudam de direção ou velocidade rapidamente por conta das mudanças da altura do voo e vai se repetindo conforme o avião sai de uma altitude mais baixa e vai para uma mais alta assim como o contrário. 

Portanto, o que acontece é que se a ventania na parte de cima está mais quente do que deveria, isso vai demandar um ganho maior de velocidade ou uma desaceleração mais intensa, causando a turbulência. 

Portanto, haverá turbulências com maior frequência tendo em vista a maior temperatura do planeta. 

Assim, se nada for feito para diminuir as mudanças climáticas, teremos altas de 59% em turbulências leves, 94% em turbulências moderadas e até 149% em turbulências severas

Assim, sendo as turbulências mais comuns, isso vai gerar consequências importantes para a aviação, pois será cada vez mais normal os danos às aeronaves. Inclusive, a estimativa dos estudos é que embora o inverno seja a estação em que esse fenômeno atmosférico é pior, os verões de 2050 podem ter turbulências mais fortes que os invernos da década de 50.

Enfim, ainda se mantém as dicas de segurança para turbulência para que você possa se assegurar em casos de turbulências no ar e não é necessário desistir de fazer uma viagem aérea por conta dessas notícias, mas o estudo é importante e chama atenção para mais uma consequência do aumento das temperaturas no planeta. 

Logo, é sempre bom pensarmos em maneiras de diminuir os impactos ambientais para o bem-estar do planeta e por conseguinte, do nosso próprio, visando até mesmo garantir as nossas tão sonhadas viagens de forma tranquila! Mas, enquanto as mudanças ainda não são tão bruscas, aproveite sua viagem! Até a próxima!

Comentários
* O e-mail não será publicado no site.